terça-feira, 13 de abril de 2010

O Cangaço

(Abrahão, em foto batida pelo cangaceiro Juriti, aparece cumprimentando Lampião)

O Cangaço
O catolicismo rústico e os movimentos messiânicos não representaram a única saída para o homem rural brasileiro. A miséria, a fome, a doença, a perda de terras e roças, as secas e as arbitrariedades dos “coronéis” geraram o cangaço. Cangaceiros eram aqueles que pegavam em armas, saqueavam e assaltavam. Encarado como simples bandidismo, o cangaço era na verdade, uma denúncia da situação de penúria em que viviam os sertanejos. Sem uma real consciência dos objetivos que o levaram a lutar, o cangaceiro atacava fazendas (pois ali estava o “coronel” todo-poderoso), roubava gado e assaltava armazéns. Matar era uma contingência natural em sua posição. A figura do cangaceiro tem sua origem no “cabra” ou no “capanga”, pagos para servir o “coronel” e defender seus interesses de proprietário. A diferença residia no fato de o cangaceiro agir em benefício seu e de seu grupo e não em benefício do latifundiário. O Cangaço foi um fenômeno típico do Nordeste brasileiro e surgiu ainda no período monárquico estendendo-se até 1940. Virgulino Ferreira da Silva ingressou no cangaço, adotando o apelido de “Lampião”, e logo se transformou no maior inimigo dos latifundiários nordestinos e no grande ídolo da população miserável, que o considerava um “justiceiro” na punição dos poderosos. Sua atuação estendeu-se de 1920 até 1938, alastrando o terror pelo nordeste. Em 1938, encurralados em seu esconderijo em Angicos (Sergipe), Lampião e seus homens foram massacrados e seus cadáveres decapitados.
(Fonte: DOMINGUES, Joelza Éster; FIUSA Layla Paranhos Leite. História: o Brasil em Foco. São Paulo FTB, 1996. 432 p. Cap. 24 – Tensões Sociais na República Velha. p. 211-13)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Quem são os alunos?

Esse espaço do Blog será usado para publicar o perfil dos alunos 8ª série do Ensino Fundamental com foto e as fotos dos alunos e das aulas do 3º Ensino Médio (noturno) da Escola Estadual de Educação Básica Alfredo Ferrari em Saldanha Marinho RS.

quinta-feira, 18 de março de 2010

A Guerra de Canudos

Canudos em 1897. Fotografia de Flávio de Barros, fotógrafo do Exército.
A GUERRA DE CANUDOS
Uma das maiores revoltas camponesas do continente foi a de Canudos. Tratava-se de uma revolta social contra o latifúndio e a República Velha dominada pelos coronéis. Canudos era uma espécie de comunidade alternativa. A maneira de ver as coisas não era a política, era religiosa. Antônio Conselheiro, líder de Canudos, dizia que suas atitudes estavam guiadas pelo retorno eminente do Messias, de Jesus Cristo. Movimentos de protesto social dos pobres, que assumem uma linguagem e uma visão religiosa, recebem o nome de messiânicos. Expedições policiais foram enviadas à região. Canudos se defendeu do jeito do povo: montando ciladas e emboscadas, usando a tática de guerrilha. Finalmente, em 1897, o exército enviou 8 mil homens, acompanhados por canhões. Foi um massacre. Milhares de pessoas foram trucidadas pelo exército.
(Fonte: SCHMIDT, Mário. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração, 2005. Cap. 41 – A República Velha, p. 497-8)

quinta-feira, 11 de março de 2010

CONCEITO CORONELISMO


A figura do “coronel” era muito comum durante a República Velha, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu “curral eleitoral” votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votassem no candidato do coronel. O coronel utilizava também outros “recursos” para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violências.
Na foto Cel. Victor Dumoncel Filho na Revolução de 1923. Fonte: AVD/SB