A figura do “coronel” era muito comum durante a República Velha, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu “curral eleitoral” votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votassem no candidato do coronel. O coronel utilizava também outros “recursos” para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violências.
Na foto Cel. Victor Dumoncel Filho na Revolução de 1923. Fonte: AVD/SB
Olá Pesquisadora Linara!
ResponderExcluirGostaria de saber mais sobre as perssonalidades culturais de Carazinho e Santa Barbara do Sul.
Abraços.
Renato.
renatofabreu@hotmail.com
A Revolução de 1923 no Rio Grande do Sul
ResponderExcluirNo Rio Grande do Sul, as eleições estaduais foram um estopim para o desencadeamento de uma revolta articulada por oligarquias dissidentes. A Constituição gaúcha era a única do país que previa a reeleição para o cargo de presidente do estado (governador). Isso permitiu que Borges de Medeiros governasse autoritariamente no Rio Grande do Sul por cerca de 25 anos. Nas eleições de 1922, a oposição sul-rio-grandense organizou-se em uma Aliança Libertadora e lançou a candidatura de Assis Brasil. As eleições estaduais ocorreram em meio a tumultos e fraudes. A máquina eleitoral deu vitória a Borges de Medeiros, garantindo sua reeleição para a presidência do estado pela quinta vez consecutiva. Inconformados os seguidores de Assis Brasil reagiram violentamente. No dia da posse do presidente do estado, a luta armada incendiou o Rio Grande do Sul. Durante oito meses, o estado ficou dividido entre maragatos (como eram chamados os rebeldes de Assis Brasil) e chimangos (Pica-Paus) elementos de Borges (Forças legalista formadas por coronéis borgistas). Em outubro de 1923 foi ordenada a intervenção federal no estado e enviado o General Setembrino de Carvalho, Ministro da Guerra para negociar um acordo de Paz. No dia 24 de dezembro de 1923 foi assinado o Acordo de Pedras Altas. Ficou proibida a reeleição de Borges de Medeiros e dos intendentes (prefeitos). Nas eleições seguintes em 1927, Borges de Medeiros não pode disputar, mas manipulou a máquina eleitoral para fazer eleger o seu candidato: o jovem político Getúlio Vargas.
Fonte: DOMINGUES, Joelza Éster; FIUSA Layla Paranhos Leite. História: o Brasil em Foco. São Paulo FTB, 1996. Cap. 27 – Tenentismo: Levantes militares contra as oligarquias p. 244.