quinta-feira, 18 de março de 2010

A Guerra de Canudos

Canudos em 1897. Fotografia de Flávio de Barros, fotógrafo do Exército.
A GUERRA DE CANUDOS
Uma das maiores revoltas camponesas do continente foi a de Canudos. Tratava-se de uma revolta social contra o latifúndio e a República Velha dominada pelos coronéis. Canudos era uma espécie de comunidade alternativa. A maneira de ver as coisas não era a política, era religiosa. Antônio Conselheiro, líder de Canudos, dizia que suas atitudes estavam guiadas pelo retorno eminente do Messias, de Jesus Cristo. Movimentos de protesto social dos pobres, que assumem uma linguagem e uma visão religiosa, recebem o nome de messiânicos. Expedições policiais foram enviadas à região. Canudos se defendeu do jeito do povo: montando ciladas e emboscadas, usando a tática de guerrilha. Finalmente, em 1897, o exército enviou 8 mil homens, acompanhados por canhões. Foi um massacre. Milhares de pessoas foram trucidadas pelo exército.
(Fonte: SCHMIDT, Mário. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração, 2005. Cap. 41 – A República Velha, p. 497-8)

quinta-feira, 11 de março de 2010

CONCEITO CORONELISMO


A figura do “coronel” era muito comum durante a República Velha, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu “curral eleitoral” votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votassem no candidato do coronel. O coronel utilizava também outros “recursos” para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violências.
Na foto Cel. Victor Dumoncel Filho na Revolução de 1923. Fonte: AVD/SB